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domingo, 6 de setembro de 2009

Antigas sem Data [Continuação]

Sempre encontro uma poesia ou algum texto perdido entre cadernos e papéis guardados dentro de gavetas, armários. Às vezes nem eu acredito que tanto já escrevi; nem se quer lembro quando e nem por qual motivo.
Minhas dores e minhas alegrias sempre me motivam, sempre me inspiram. Essa semana, depois de tamanhos acontecimentos de forte caráter pessoal e sentimental, encontrei um caderno que me serviu de alento, e de arrependimento, e de nem sei o quê. Algumas coisas escritas pareciam premonições, como se eu já soubesse tudo que eu iria viver e tivesse expresso minha vida através das palavras, dos poemas, poesias e canções.
Decidi compartilhar com quem quer que seja, com quem quer que leia, todas essas palavras que me despem, que me mostram pura e complexamente. "Já escrevo sem entender", assim pensava antes e continuo a pensar.

Segue o primeiro dos Antigos sem Data, que retrata bem o momento de agora. "Cala-te boca!"

É por acreditar que sigo
Ainda que eu mesma me diga, repetidas vezes,
Que é mentira, que não sinto
E que Nada do que quero
Está ao alcançe da Realidade.

Por lutar contra meus sonhos
Sofro, choro e me escondo
Atrás da máscara da tranquiliade
Encenando uma serena personalidade
Que fervilha, borbulha por dentro.

No ponto alto dos meus sentimentos
A insana voz do Amor grita
E por [má] sorte da [perversa] Razão
É sufocada pela mordaça do traumático
Anti-romântico e frustrado medo.

Aquela voz me disse, "Acredite!"
E seus ecos me guiam nas noites
Nas quais mais me sinto perdida
Olhando pro nada e pensando no tudo
Buscando ainda calar a crença
Que move meu Coração.


Se alguém entender... Me sentirei menos sozinha, rs.