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sábado, 9 de maio de 2009

O brilho da Paixão


Sábado. Acordei tarde (às nove da manhã, um absurdo!) e comi alguma coisa.
Paro diante de um livro. Língua Portuguesa, 7ª série.
Sempre amei livros de "Português". Quando eu estava na 7ª série, eles não tinham o mesmo valor que tem hoje...

E o primeiro texto que leio fala sobre algo que eu sempre quis descobrir... O brilho de uma paixão, "O incêndio de cada um".

Paixão aqui não é só a paixão dos amantes felizes, muito menos dos adolescentes que riem e espalham sua mocidade por entre festas e folias; Falo do brilho do olhar que reflete aquela pequena atitude, aquele pequeno gesto que para muitos pode ser nada, mas para outros é tudo.

Todos temos essa paixão: mais forte, mais fraca, mas implícita, mais evidente... Mas sempre presente. E lendo o texto, lamentei por ainda não saber exatamente o que me "incendia" mais. Eu e meu imediatismo! Mal sabia eu que no final, viria a resposta:

"Isso é o que importa: o incêndio de cada um. Cada qual deve ter um jeito de deflagrar sua luz aprisionada. As flores fazem isso sem esforço. Igualmente os pássaros. Todos têm seu momento de revelação. É aguardar que o outro alguma hora vai se manifestar."

Sempre quis saber qual era minha "luz aprisionada". E ainda não sei.

Seguirei o conselho do meu amigo Affonso. Só espero que nesse entremeio, as brechas do meu ser deixem os fios de luz brilharem por entre elas...


Obs.: O texto é entitulado O incêncio de cada um, do autor Affonso Romano de Sant'Anna.