Admissões

Eu sou minha morada.
Me pertenço.
Me entrego,
Ao meu tempo.

Sou meu caminhar,
Sou minha esperança.
Sou quem sou:
Vento, passo e dança
Fogo, mente e som.

Sou luta.
Sou morte.
Sou vida. 

Querer

Não seria acaso,
Se tudo mudasse,
Se o corpo voltasse,
A mente parasse,
O coração, pulsasse.

Não seria mentira,
Deixar vir a ira,
Tentar ser o eu,
Demanda coragem,
Demanda esforço,
Esquecer imagem.

Ainda querer ser o que não é,
Querer, querer, sentir, prender,
Assim a vida segue.
E na falta de coragem, só resta dizer
Boa noite, bons sonhos para você.

Reativando!

Não, não nego que durante muito tempo,
O coração andou apagado,
Sufocado,
Limitado,
Calado,
Sem sentido.

Retomando, reativando!
Palavras de ordem agora.
Entendendo o ontem,
Buscando no hoje,
A razão do amanhã.

Retornando ao mundo dos sonhos!

Hey b***h, I'm back!

Incondicional

Apenas com uma curta frase,
Transbordo tudo que hoje sinto.

"Só o Amor desprendido de toda a posse é capaz de transformar, salvar e iluminar."

E eu só agradeço por aprender isso todos os dias.

Qué isso?

Cadê a lógica das coisas?

É impraticável conviver com um mundo tão meramente fútil.
Pessoas julgando as outras, dizendo o que é certo ou errado,

E vivendo de maneira ainda mais hipócrita.

Cansa viver e conviver em um mundo tal,

Onde a casca é mais importante que o gomo,

Os olhos mandam mais que o coração.

Como pode, exigir de alguém, algo que nem o mesmo tem?
E mentira, quando se diz que tem o perfeito,
Mas pelos meios termos,
Se procura exatamente o que falta no seu falso paraíso.

Me exaustam as pessoas! Me exausta o querer da perdida juventude do novo milênio!

Mundo, vasto mundo, não me chamo Raimundo,
Nem Carlos Drummond,

Mas me dê um tempo!

E quem cansara do reino das imagens,

E do futuro bullying que ele provocará,

os assuntos do mundo hodierno,

acompanhem, por favor!

Eu, uma velha de 24 anos, apenas tenho a dizer:
Maldita inversão de valores!

Confusa vida confidente...

Quando as condições não são favoráveis, então o que fazer?

Perdida em meio à um mar de (não) opções, não acredito que eu ainda possa criar condições.
É tanta informação, tanto sentimento, que a bagunça em que se encontra minha mente não consegue nem ao menos ter um "surto" e me fazer parecer louca. Só me faz parecer triste.

É aí que me sobe a revolta. Ficar com essa cara de tacho, suspirando ou "muchochando", me causa um nervoso sem igual. Tudo isso acaba virando ansiedade... Ah, a bela ansiedade.

Começa a vontade gritar pro mundo o quanto eu estou chateada com essa vida e... E, o quê?

E aí vem a vida (meu Deus, a vida) me mostrando que a culpa não é dela. Santo Carma que caminha do jeito que a gente não quer!

Se te parece confuso, então devo ter atingido minha meta! Ou ao menos minha mente conseguiu o espelho perfeito para se admirar...

(In)Certo

Falar de escolhas é tão necessário que (não) me canso de falar delas.

Erradas, tortas, nos fazem baixar a guarda pela infelicidade de ter a responsabilidade do temido erro.

Corretas, certas, trazem o brilho nos olhos, o gosto da glória e a esperança de vida.

O que dizer das incertas então?

O misto batido, fortemente marcado,

Não trazem sentimento exato, seguindo o passo, a cadência, a pulsação,

Transbordam a mente, ideias frequentes,

Alucinações.

Porém, nem sempre é assim; as incertas ideias das escolhas sem nome

Definem um zelo pelo sentimento.

O grave seria deixar se levar,

Pelo certo que agrada ou pelo erro que agrava,

Manter a leve e intensa indecisão,

É suave deleite para o coração.