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sábado, 26 de setembro de 2009

Desabafo. A vida é um eterno desabafo.


Gostaria de entender os porquês dessa vida, especialmente, os meus porquês.

Acredito que todos viemos à esse mundo com uma missão implicíta, que cabe a cada um encontrar a melhor maneira de descobri-la, apesar de essa descoberta ser repleta de caminhos e voltas que trazem alegrias, regojizos, mas também trazem tristezas e dores.

"Se era essa minha missão, porque tinha que ser tão difícil? E se é difícil, cadê a força para lutar? Cadê a ajuda?!"

Deus me perdoe, mas esses questionamentos não deixam de passar por entre minha mente, que anda certa e confusa a respeito desses acontecimentos presentes, a respeito das atitudes tomadas e das escolhas que já foram feitas, e das que ainda TENHO que fazer.

A única coisa que não deveria acontecer é criarmos laços com as ditas 'missões' que temos a cumprir. A dor aumenta quando elas são difíceis, e fazem com que pensemos em desistir, principalmente naquelas situações onde as escolhas não dependem só de nós mesmos.

Deus me segure, me guie e me ilumine. Guie meus passos e minhas atitudes. Porque se era pra ser assim, assim está sendo e vou completar essa tarefa com todo o coração, ainda que meu egoísmo peça que eu mude, que eu me entregue e a deixe de lado; ainda que machuque, que me faça mal e que me faça desacreditar no sentimento mais belo do mundo, ao menos para mim.

Eu cheguei em boa hora, mas não em hora boa pra mim. Eu sei que meu apego, minha dedicação e minhas horas intermináveis de Amor Incondicional prestado vão servir de alguma coisa no futuro, ainda que no presente toda essa conjuntura pareça ser 'paranóia', 'insistência', 'falta de apoio e de confiança'...

Eu sinto, quase que como uma certeza, que um dia, em um mísero detalhe eu estarei certa e que algo que eu disse ou fiz pode mudar uma situação, ou até uma vida pra melhor. E essa vida não é minha, mas considero parte de mim, uma parte essencial, uma parte vital. E nesse dia, eu vou olhar pro céu, agradecer a Deus, e saber que eu fiz a coisa certa.

E desde já agradeço, independente de sentir uma imensa dor no peito, e de saber que perderei uma das mais importantes histórias que eu pude e poderia ter vivido. Se não vai pelo bem, infelizmente, minha parte foi feita e agora a vida fará a dela.

"Deus sabe o que faz." ELE sabe, e como sabe... Por isso entrego tudo, TUDO em Suas Mãos.

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domingo, 6 de setembro de 2009

Antigas sem Data [Continuação]

Sempre encontro uma poesia ou algum texto perdido entre cadernos e papéis guardados dentro de gavetas, armários. Às vezes nem eu acredito que tanto já escrevi; nem se quer lembro quando e nem por qual motivo.
Minhas dores e minhas alegrias sempre me motivam, sempre me inspiram. Essa semana, depois de tamanhos acontecimentos de forte caráter pessoal e sentimental, encontrei um caderno que me serviu de alento, e de arrependimento, e de nem sei o quê. Algumas coisas escritas pareciam premonições, como se eu já soubesse tudo que eu iria viver e tivesse expresso minha vida através das palavras, dos poemas, poesias e canções.
Decidi compartilhar com quem quer que seja, com quem quer que leia, todas essas palavras que me despem, que me mostram pura e complexamente. "Já escrevo sem entender", assim pensava antes e continuo a pensar.

Segue o primeiro dos Antigos sem Data, que retrata bem o momento de agora. "Cala-te boca!"

É por acreditar que sigo
Ainda que eu mesma me diga, repetidas vezes,
Que é mentira, que não sinto
E que Nada do que quero
Está ao alcançe da Realidade.

Por lutar contra meus sonhos
Sofro, choro e me escondo
Atrás da máscara da tranquiliade
Encenando uma serena personalidade
Que fervilha, borbulha por dentro.

No ponto alto dos meus sentimentos
A insana voz do Amor grita
E por [má] sorte da [perversa] Razão
É sufocada pela mordaça do traumático
Anti-romântico e frustrado medo.

Aquela voz me disse, "Acredite!"
E seus ecos me guiam nas noites
Nas quais mais me sinto perdida
Olhando pro nada e pensando no tudo
Buscando ainda calar a crença
Que move meu Coração.


Se alguém entender... Me sentirei menos sozinha, rs.