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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Confissão... e Utópia




Ela nunca quis fazer dos seus textos um "consultório". Acredito que tenho alguma coisa de "artista" dentro dela, e ela sempre quis exprimir isso de alguma maneira. Eis que escrever lhe foi útil...

Porém, nos últimos tempos, sentiu uma enorme necessidade de "falar" (e eu diria até de "berrar") a quem quiser a sua angústia.

Os dias se seguem sem muito valor, e ela não pensa nisso com um caráter depressivo, mas talvez momentaneamente triste.

Uma sonhadora perdida em um mundo no qual não se encontra solução para o que ela considera um (ou muitos) problema(s). As pessoas ao seu redor são egoístas para pensarem somente em seus umbigos, ainda que por trás do desfarçe da "ajuda ao próximo". Atitudes negativas crescem no mundo inteiro, sentimentos ruins se espalham com mais facilidade que nunca... E ela se pergunta se isso vai ser sempre assim, e sem esperanças ainda completa com o "ou se ainda vai piorar"...

Cansada, se tornando insensível (ou mais sensível), busca encontrar algo que preencha o vazio que toda essa conjuntura acaba colocando em seu peito. Além de aspectos de vida, temos sentimentos... E eles ajudam, preenchem um espaço que é reservado só a eles. E quanto melhores eles são, maior é a sensação de plenitude.

Talvez seja isso que a sonhadora queira. Suas lembranças do passado são repletas de momentos felizes... Mas os fatos do presente fazem com que ela lembre também do que foi ruim, e pense também nos acontecimentos tristes que poderão surgir. E isso é tão forte, tão mais forte que a esperança que carrega no coração, que o medo toma conta de si. E dói. Ela sente a dor da tristeza antes mesmo que a tristeza aconteça.

Talvez não seja o melhor, mas é o mais seguro. Se a felicidade a encontrar, certamente ela achará que fez o certo; caso contrário, pensará da mesma maneira.



"A única certeza é que não existe certeza." (Plínio)

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